sábado, 14 de junho de 2008


Tu me amas? – ele abriu a boca para falar, ao que ela o impediu. – Sei que responderás que “sim”, e eu acreditarei nas tuas palavras; entretanto, se juras, poderás parecer falso. Ó gentil Romeu! Se tu amas, proclama-o com sinceridade; ou se pensas que sou conquistável fácil demais, serei severa e esquiva, e direi para que tu me faças a corte; mas, assim não sendo, nem pelo mundo todo.

-Senhora... – ele conseguiu pular para a balaustrada da varanda e segurou-se nela de forma firme. – eu juro por esta lua que coroa de prata a copa destas árvores infrutíferas...

-Não, não jures pela lua, a inconstante lua que muda todos os meses em sua órbita circular, a fim de que teu amor não se apresente igualmente variável para mim.

-Por que devo jurar?

-Não jures de todo. – ela silenciou por alguns instantes como se ponderasse e depois continuou. – Ou, se quiseres, jura pela tua graciosa pessoa que é o deus de minha idolatria e acreditar-te-ei!

-Se o profundo amor de meu peito...

-Bem, não jures. Embora em ti esteja minha alegria, nenhuma alegria me causa o juramento desta noite... – ela passou a mão pela face dele e sorriu. – Doce coração, boa noite! E que este botão da noite seja convertido em bela flor quando novamente voltarmos a ver-nos. Boa noite! Boa noite! Que tão doce e calmo repouso alcance teu coração, como o que se alenta dentro do meu peito. – ela afastou-se dele calmamente e se dirigiu a entrada da varanda.

-Deixa-me assim tão insatisfeito?

Lily parou e voltou-se para ele calmamente.

-Que satisfação podes ter esta noite? – James se controlou para não curvar os lábios num malicioso sorriso ao que Lily, notando isso, fez um esforço para não revirar os olhos, enquanto sentia a face ruborizar.

-A troca do teu com o meu fiel juramento de amor. – Lily sorriu.

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